(O prêmio depois de me esforçar tanto)
Quero compartilhar com você a minha primeira
corrida de rua, o que significa demais para mim. Boa leitura e se prepara, não
relatarei com formalidades. Vamos?
Em meados de Setembro....
Era um dia qualquer de malhar
na academia, e vi um panfleto com anuncio do circuito de corrida de rua. Em 13 de dezembro, em Capitão Leonidas
Marques- PR.
De inicio, me interessei, mas
duvidei se seria capaz de competir. Por segundos segurei o papel. Pensei um
pouco e decidi levar para casa.
E aquilo já começou a me incomodar psicologicamente. Sobre participar
ou não participar.
De imediato, já publiquei no
facebook para informar os interessados, e mandei no whasap também.
Passou uma semana...
Frequentemente via aquele panfleto ali na
mesa. E decidi que iria treinar para correr. Seria um desafio e tanto. E também
um sonho a ser realizado em competir.
“...Me fez
lembrar de quando era criança e adolescente, participava de atletismo, na
modalidade peso e lançamento de dardo (sempre ganhava nas competições). O que
eu queria era correr. Via meus colegas brilhar nas pistas. E mesmo eu tentar
algumas vezes, fui um “fiasco”. A galera era muito boa. O máximo que consegui
foi salto em caixa de areia e salto trilho (ganhei algumas medalhas).
O tempo foi
passando, via as pessoas correndo na rua, com a camisa suada, achava lindo. E
sempre tive vontade de correr, mas duvidava do meu potencial. Que jamais iria conseguir. E
carreguei isso por muito tempo...”
E ali naquele momento de
decidi a treinar. Foi tênis no pé e muitas corridinhas nas ruas. Lembro que eu
enjoava em ir todo dia no mesmo trajeto, então sempre estava mudando os locais. Me deixava mais a vontade. Comecei com
um tempo de 48 os 5 km. Fui diminuindo para 47,48....e o máximo que cheguei foi
34.
(Bem gordinha, eu vou diminuir, só uma questão de tempo)
Para ajudar, comecei a pular
corda em casa. Fazer musculação. Estava mega focada. E feliz. As vezes até
chorava sozinha de emoção.
(Eu na academia)
Minha felicidade acabou até
eu me machucar com uma lesão de torção no pé. Fiquei quase 3 meses sem correr. Foram dias intermináveis.
Queria muito voltar a treinar.
Nesse momento, meu choro era
outro, era de tristeza, frustração. Em não poder mais participar da tão sonhada
competição.
A PARCERIA QUE DEU CERTO (IARA - ANA – CARLA)
(Carla e Ana, nos em dias de treinos)
Minha amiga Ana de vez em quando pedalamos juntas e
comentei com ela da corrida e após alguns dias, ela disse que iria treinar para
participar. Faltavam 8 semanas apenas para o evento. E começou seus treinos por
conta, através de pesquisas na internet, vídeos....
Chamou, Carla, que logo
topou. Então foram semanas de treinos, todos os dias, as 8 semanas a fio. Elas
foram muito determinadas. Eu só ficava de camarote acompanhando. Já que não
podia treinar.
Faltando 1 mês para a
competição. E meu pé estava melhor. E entrei de corpo e alma nos treinos. Corri
muito, treinei muito. Meu melhor tempo foi 33. E isso era uma vitória.
Para o dia tão esperado. O
objetivo foi chegar na casa dos 33 ou 32 ficaria hiper feliz.
Faltando uma semana, meu
nervosismo tomava conta de mim. Era dor de barriga, noites mal dormidas, muito
ansiosa. Toda vez que nos 3 conversávamos sobre nossos treinos e planos. Corria
para o banheiro. (risos)
CHEGOU O GRANDE DIA
Meia noite e nada de sono,
não consegui dormir. Logo, 1:00 hora....3:00 horas da manhã consegui dar uma
cochilada.
As 5:00 horas já estava de
pé. Comi um bom cuscuz para me saciar. Lembrando que de acordo com nossas
pesquisas, é bom comer carboidrato durante os dois dias anteriores da corrida
para adquirir energia. Meu!!! Vai falar
isso para gordo???? É óbvio que comi pastel. Cuscuz, tapioca, pão (nos
últimos 3 dias). Dava para correr 40 km pelo tanto que comi. Kkkk.
Bom. Saímos de Capanema pouco mais de 6 horas da
manhã. A ansiedade corria por todo meu corpo.
Fomos eu, Ana (dirigindo),
Carla e Paula (irmã de Ana). Quando chegamos em Capitão Leonidas Marques,
cidade do evento. Passamos pelo percurso da prova (de carro) e vimos o tanto de subida que tinha, muitas. Logo
pensamos que deveria ser da categoria dos 10 km. Nem imaginávamos o que nos
esperávamos.
Fomos para a casa do pai de
Ana (Rudimar), que também correu. Chegando La, pegamos nosso kit da corrida. E
comecei a passar mal de dor de barriga. E fiquei morrendo de vergonha de usar o
banheiro dele.
Seguimos para a concentração.
Não consegui controlar, fui para o ginásio esportes, no vestiário. E olha!
Tinha tanta gente por lá. E como eu ia
me sentir a vontade? Mas tinha que ser feito (se é que me entende). Quando olho do lado!!!!! MEU
DEUS, CADÊ O PAPEL HIGIENICO?????? QUIS MORRER DE ÓDIO. E AGORA? Tinha que usar o que tinha né, a meia. Kkkk.
Mas aí venci a vergonha e constrangimento e falei alto, para a vizinha do lado.
-Vizinha aí tem papel
higiênico?
- não usei o restante”
Puta que pariu isso não esta
acontecendo.....
A outra vizinha, gritou aqui
tem um restinho. Kkkkkk.
Voltei para a concentração,
que ficava 3 minutos do ginásio. Chegando lá, vontade de fazer xixi. Bom fui 6
vezes ao banheiro. NERVOSO TOTAL.
Sentia tanta cede. Se tomasse
água, me dava mais vontade de ir ao banheiro. O SOFRIMENTO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!.
A CORRIDA
Chegou o momento da largada
(8:30). Tinham cerca de uns 250 participantes ao todo. Atletas de toda a região do Paraná.
Nos primeiros 2 km fui bem.
Mas aí veio as intermináveis subidas. E ali comecei a cansar, cansar. E sempre
trotando. Quando não tinha jeito eu caminhava.
E eu não me aceitava, me sentia uma derrotada, em caminhar. As pessoas
iam passando na minha frente, trotando e eu caminhando 10 a 20 passos. Muito
sofrimento.
E logo começava a correr
novamente. Estava tão cansada já. As pernas doíam. E vinha tanta coisa na minha
cabeça. Meus treinos, a torção do pé, os incentivos.
Mas o que me deu um gás
mesmo. Foi quando minha amiga Ana passou na minha frente. Nem ela sabe que eu
chorei na hora, de emoção em ver ela correndo tanto. Saber que o pai dela
também estava ali participando.
Haviam 6 mulheres na minha
frente, pela fisionomia, pensei que fosse da minha categoria.
E mesmo o cansaço, a cede,
dores nas pernas. Tentei dar o máximo e ir passando uma a uma
As 3 ultimas foi mais
difícil. Consegui somente a 100 metros da chegada. Que emoção, que emoção. O
locutor gritando meu nome.
Eu sabia que não ia ganhar.
MAS PARA MIM EU ERA A CAMPEÃ. VENCER MEUS MEDOS, INCERTEZAS....
E de imediato uma moça super
simpática (Luciane) me abordou comunicando que eu tinha ficado em 3 na minha
categoria e 5 no geral. Nem acreditei, duvidei. E perguntei a ela qual a
colocação dela. E respondeu que foi em primeiro.
Desde ali já fiz milhões de
perguntas a ela, trocamos contatos.
Quanta emoção ao ver meus
companheiros de treino e o pai de Ana depois da corrida.
Encontrei lá o Carlos (mora
na mesma cidade que nós), que é maratonista há algum tempo, ele veio correndo me avisar que tinha saído a
classificação e que eu ia subir no pódio.
Eu corri igual criança para
ver se era verdade. E sim, estava lá meu nome. Procurei de Ana. E lá estava o
nome dela. Corri no meio da multidão. Gritando-na. -_Ana vc vai subir no pódio,
ficou em 4 no geral e 1 na sua categoria !!!! Comemorando mais por ela que por
mim.
Quanta euforia. Minha nossa!
Subir no pódio foi único.
Pois ali estava envolvendo muita coisa por trás (pessoalmente).
E o mais bacana, foi que Carla
ficou em 2 na categoria dela e Rudimar em 1 na categoria dele. Então nossa equipe se deu bem. Foi nossa
primeira competição.
Voltamos para nossa cidade,
tão felizes, e já com planos para 2016. Para formar um grupo de corrida, com
treinador. Participar dos próximos eventos.
(Encontramos o maratonista de nossa city Carlos)
(Somos uma equipe que está crescendo juntas)
(Momento unico)
(Subida sofrida)
(Ana mandou ver na chegada)
(Pai de Ana chegou logo atrás de nos, ainda este ano ele sofreu um acidente, e ele é exemplo de superação)
(Momentos antes da corrida, nervoso a mil)
PAI E FILHA CORRENDO JUNTOS.
O LANCHE POS CORRIDA.
Minha parceira das boquinhas. ...
CARLA
Era o 5 pedaço.
Ana e Carla competindo entre elas, porém uma ajudando a outra.
APRENDER COM MEUS ERROS
Através dessa corrida, pude
perceber meus erros e vou trabalhar neles para melhorar:
- me saí mal na corrida de
subidas
- muita ansiedade
- melhorar tempo
- correr em distancias
maiores
- preciso de um cronometro
